A exposição Contrastes Urbanos: Cultura, Arte e Diversidade, realizada pelos acadêmicos dos cursos de Comunicação Social (Jornalismo; Publicidade e Propaganda) da Faculdade Araguaia, tem como proposta apresentar diversos olhares e conceitos subjetivos sobre temas de extrema importância em nosso cenário urbano cotidiano. Diante da diversidade de pontos de vistas e concepções expostas pelas fotografias aqui presentes, podemos refletir acerca da nossa vida em sociedade de forma multiperspectívica, ou seja, a partir da pluralidade de interpretações que tecem mapas visuais “no” e “do” imaginário coletivo de nossa capital de forma oposta e complementar, equilibrada e destoante. Desta forma, deduzimos que nada existe no estado puro: nem na atividade absoluta, nem na passividade absoluta, mas sim em transformação contínua.
Sugerimos então dois temas que podem parecer distintos a priori, mas que, em seu âmago, são inseparáveis. No pátio da instituição serão expostas sob o título de Cenários Urbanos (arquitetura, monumentos, art-déco: história e arte de Goiânia), fotografias que remetem às formas arquitetônicas e manifestações artísticas visuais que ocorrem fora dos limites murados dos museus em nossa cidade. Nosso intuito é mostrar a história cultural de Goiânia a partir de uma linguagem estética urbana e atual, em constante diálogo com elementos artísticos de representação deste imaginário e seus infinitos choques sensoriais a que estamos expostos na contemporaneidade.
No laboratório de fotografia da Faculdade Araguaia, buscamos expor a representação dos Direitos Humanos e do “ir e vir” em nossa cidade. O título Contrastes e paradoxos: Diversidade, Direitos Humanos, Inclusão, Cultura e Acessibilidade sob um olhar crítico, expõe as vísceras de nossa sociedade e a forma que lidamos com o “outro”, que enxergamos os “estranhos” sociais, ou seja, aqueles indivíduos que fogem dos padrões institucionalizados de ordem moral e estética da sociedade. Assim questionamos: de que forma estamos utilizando o espaço urbano? Esse espaço pertence realmente a todos? Tais indagações conduzem a problematizações sobre o nosso papel enquanto cidadãos e a uma busca introspectiva acerca da vida em sociedade, seus atores, suas hipocrisias e suas idiossincrasias que tornam o mundo o que é, porém, tendo sempre em mente que qualquer ideia pode ser vista como seu oposto quando visualizada a partir de outro ponto de vista. Desta forma, os cenários propostos pela primeira etapa da exposição servem como contexto histórico e geográfico para reflexões sociais, assim como os personagens do segundo momento complementam, preenchem e dão vida àqueles cenários, movimentando então, como uma engrenagem, nosso imaginário sobre Goiânia e seus contrastes peculiares a uma cidade em constante transmutação.
Fotos: Bruno Haringl e Uanderson Kalil
